O amor nos tempos do cólera, de Gabriel García Marques - 𝘙𝘦𝘴𝘦𝘯𝘩𝘢 𝘱𝘰𝘳 𝘓𝘢𝘪𝘭𝘢𝘩 𝘗𝘪𝘳𝘦𝘴
Oi pessoal!Tá na hora do livrooo 📖!
Essa semana a resenha é de O amor nos tempos do cólera 💖, de Gabriel García Marques, e fica por conta de @lailahpires . Lailah é viajante dos livros 📚, mas também da vida real ✈, por isso pode esperar textos de alguém que já viu bastante coisa por aí e que, ao mesmo tempo, ama o conforto de uma viagem no sofá, lendo um bom livro no aconchego de suas duas gatinhas brabinhas🐾🐾, como ela gosta de dizer. Vale destacar que ela também ama cachorros, tem três na família🐕🐕🐕. Leitora ávida de clássicos, por vezes também nos surpreende com resenhas de obras maravilhosas não tão conhecidas. Como se pode ver, uma pessoa eclética e que aproveita de tudo um muito 😎.
Aí vai a resenha desse amor de livro (e de pessoa).
O aclamado romance do ganhador do Nobel da literatura, Gabriel García Márquez, traz como enredo o desarrazoado amor de Florentino Ariza por Fermina Daza, que atravessou décadas - mais precisamente cinquenta e três anos, sete meses e onze dias - para, enfim, ser declarado. O leitor, ao se deparar com essa informação logo no início do livro, é levado a pensar que a história se trata de uma narrativa enfadonha, afinal, quem esperaria tanto tempo para concretizar um amor? No entanto, não poderia haver ilação mais equivocada.
O livro passeia por um rápido e intenso amor de adolescência que deixa marcas indeléveis em Florentino Ariza e, por outro lado, é rapidamente esquecido por Fermina. A partir daí o romance descreve as trajetórias de um e de outro, sendo que o mote principal da vida de Florentino Ariza é preparar sua existência para o dia em que, finalmente, ficará com Fermina, oportunidade esta que parece nunca chegar. Todavia, embora firme em sua espera, a vida do anti- heroi é permeada por aventuras mil, já que "o coração tem mais quartos do que uma pensão de putas", não havendo um momento de monotonia durante todo o livro.
O que mais chama atenção no livro não é a história em si, mas a forma como ela é contada. Frequentemente ligado à escola do realismo fantástico, Gabo refutava tal associação afirmando que "é só realismo. A realidade que é mágica. Não invento nada. Não há uma linha nos meus livros que não seja realidade. Não tem imaginação".
Bem, quer seja realismo ou realismo fantástico, certo é que, embora as situações apresentadas pelo autor estejam sempre encobertas por uma atmosfera mítica, a Cartagena retratada, com sua sociedade hipócrita e estratificada, sua sujeira e falta de saneamento básico, seus surtos periódicos de cólera, pode ser facilmente identificável com as diversas cidades de colonização espanhola, no século XIX, período em que inauguravam suas frágeis repúblicas.
Da mesma forma, ao descrever os fulgores dos amores impetuosos, a monotonia dos relacionamentos longos, os dissabores do processo de envelhecimento, Gabo nos brinda com observações extremamente sagazes e reais como, por exemplo: "a sabedoria só nos chega quando não serve mais de nada". Mas, acima de tudo, o amor é o tema principal do livro, não o amor puro, idealizado na maioria dos romances, mas os amores reais, com suas traições, suas crises, suas picuinhas mas, apesar disso, ou talvez por causa disso, o amor em sua total plenitude e beleza.
💕 Um amor desse hein...
Fiquemos com ele e com essa dica maravilhosa.
Boa semana!💋
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