Topless

O segundo post de janeiro/2018, mais uma vez, é de um livro da autora Martha Medeiros.

A leitura de Doidas e Santas, em 2017, despertou minha curiosidade quanto a Martha ao compilar textos inteligentíssimos, escritos nos anos 2000. Me encantei tanto pelo seu jeito de escrever e se expressar que decidi saber mais um pouco de sua obra.

O escolhido:


Topless reúne textos escritos na década de 90, mais precisamente em abril/1995 a junho/1997, para o Jornal Zero Hora (Porto Alegre/RS). Aborda temas variados, que vão desde atendimento ao consumidor até a pressa das novas gerações em alcançar a felicidade.

O texto que dá nome ao livro,  "Topless: atentado ao pudor", por exemplo, faz uma crítica à forma como o brasileiro lida com seios à mostra em diferentes situações e o que isso pode dizer sobre nossa forma de pensar.

Considerando a proximidade das eleições, vale a pena ler "Políticos e sabonetes", sobre a propaganda eleitoral e sugestões de melhorias.

As tradicionais crônicas sobre filmes, livros, pessoas ou eventos culturais, mote para adentrar em outros assuntos mais abrangentes, também não poderiam faltar: "Meryl Streep, chorai por nós", "Literatura Póstuma", "Picasso e a arte dos desiguais" e "Aquarela Universal" estão aí para isso.

Além dos temas sobre e para a coletividade, há também os textos com abordagens mais intimistas.

"A primeira noite de uma mulher" vai ficar marcada, sim, como a primeira crônica a arrancar-me uma senhora gargalhada. 😂Nela, a autora fala de como mulheres e homens vivenciaram a primeira relação sexual e como, na opinião dela, deveria ser agora (leia-se década de 90). É surpreendente.

Já em"Crônica de um casamento anunciado", Martha opina sobre o significado do noivado. E em "Casamento, Lado A e Lado B", descreve o lado bom e o lado ruim dessa instituição tão antiga e que, a seu ver, continua a fazer sentido. De forma diferente, claro.

Enfim, mais um de Martha aprovadíssimo. 👏👏

Um livro de textos curtos para quem gosta de lançar gotas de pensamento inteligente em seu dia. Como já havia falado no post anterior sobre Doidas e Santas, o livro é bom não porque concordamos com tudo o que a autora diz em suas crônicas que, por natureza, são um tipo de texto que envolve uma boa dose de opinião pessoal. Mas é muito interessante ver a forma como Martha tira da cartola um tema e desenvolve seu raciocínio.

Sugestão: se quiserem uma amostra com base nos textos acima, lancem na busca do Google o nome da autora, das crônicas que citei e do livro (Topless). Encontrei alguns dando sopa no wattpad e no slideshare. 😉

Forte abraço.


Monna Silva









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