1984, de George Orwell - 𝘙𝘦𝘴𝘦𝘯𝘩𝘢 𝘱𝘰𝘳 𝘔𝘰𝘯𝘯𝘢 𝘙𝘰𝘣𝘦𝘳𝘵𝘢
Sabe aquele livro cláaaaassico que há anos está guardado no seu Kindle ou na sua estante, que você é doido pra ler, mas nunca começa? Ou às vezes até começa, mas não continua?
Quem é leitor sabe bem o que é isso, né não? 😁 Pois é, era essa a minha relação com 1984.
Na época que comecei o livro, tinha acabado de ler Revolução dos Bichos, do mesmo autor, que me impressionou demais e me fez querer continuar a navegar na leitura das obras de Orwell. Mas por várias razões que todos nós temos aos montes, não o fiz. Enfim, tudo tem um porque e a hora certa pra acontecer. E, pra mim, agora era mesmo a hora do livro 1984.
As reflexões trazidas pelo livro casaram com diversas preocupações e questionamentos sobre o momento em que vivemos, onde os extremismos estão mais que aflorados, muitas vezes alimentando-se na figura de um único indivíduo que, no fundo, apenas representa ser algo que sequer existe (O Grande Irmão); em que as tentativas de modificação da narrativa histórica parecem estar na moda (a alteração de registros do Ministério da Verdade); quando as contradições nos discursos são inúmeras, mas aceitas sem muita crítica, desde que sejam pra legitimar uma ideologia ou um grupo no poder (duplipensamento) e em que os opositores do grupo que está no comando são eliminados através dos meios mais sórdidos que se possa imaginar (vaporização).
Em diversas passagens, fiz associações com discursos e atitudes de pessoas em cargos de poder no Brasil e no mundo atual, séries e inovações tecnológicas de nossa Era que que me fizeram parar pra entender onde estamos e se certos elementos ali seriam possíveis de se concretizar (ou se já não estão entre nós). A teletela já existe? Estamos constantemente vigiados? Se essa tecnologia cai nas mãos de um governo totalitário, como escapar?
1984 é uma distopia de tirar o fôlego. Não dá pra deixar de entender o quanto é atual. Instiga nossa inteligência sobre até onde fomos desde o ano em que foi publicado (1946), onde ainda podemos ir e o que poderemos deixar de ser.
Comentários
Postar um comentário